Sozinha no escuro
A filha do maestro chegou em casa com os pés encarcados pela chuva. Tão logo tirou os sapatos, colocou para tocar um cd de funk e rodopiou pela sala. Sentia saudades dos tempos em que morava no subúrbio, onde as alegrias eram mais intensas, e as tristezas agridoces. Ela aproveitava aqueles momentos sozinha para relembrar o baile na favela, a cerveja gelada no copinho de plástico e o latido dos cachorros.
Seu pai ainda levaria duas horas para chegar em casa, e ela dançou com as luzes apagadas. Foi até o chão, com as mãos no joelho. O copo de vinho pedia para ser completo, depois de esvaziar duas vezes. A filha do maestro estava de pilequinho, e sentia uma felicidade abstrata correndo pelo seu corpo. Se pudesse, viveria aqueles instantes para sempre – só porque não tinha medo algum da solidão.
Realmente…se é feliz com tão pouco, pena que muitos complicam.
Complicar, de vez em quando, pode ser divertido.
É só não perder o rebolado!
Já dizia Matrix: A ignorância é uma benção.
Quem é ingonorante aqui, hein? Quem é?
tão bom curtir esses momentos. adoro!
A filha do maestro era da seguinte filosofia: “Lying is the most fun a girl can have without taking her clothes off… but it’s better if you do”.
Adorei!
Quem não gostou nada foi a empregada, que precisou suar o uniforme para tirar aquela mancha do sofá.