Um causo futebolístico
O prólogo:
Todos no escritório estavam em polvorosa com o próximo jogo da nossa seleção na Copa do Mundo. Bandeirinhas do Brasil em todas as mesas, tiaras com anteninhas verdes e amarelas adornando as cabeças das telefonistas, e vários uniformes de seleção canarinho por baixo dos jalecos e paletós.
O causo:
Glauce debruçou seu corpo sinuosamente sobre a mesa do chefe, de modo que os seios roliços quase saltaram do decote. Adamastor tentou não encara-los, mas o efeito era hipnótico: sentia uma vontade animalesca de mordê-los, queria sugar todo seu néctar e regozijar da intumescência resultante. Com seu jeitinho faceiro, ela seguiu o ritual de encantamento falando em tom aveludado, dando pequenos rodeios até finalmente chegar aonde queria: “Sabe o que é, Seu Adamastor? Eu bem queria que você me liberasse mais cedo pra ver o jogo do Brasil em casa, na sexta-feira. Posso?”
Ele sorriu, consentindo, sem emitir um grunhido. Naquela manhã, mesmo sendo avesso a concessões, o empresário não teve como recusar tal pedido. Pediu, apenas, que Glauce fechasse a porta. A estagiária, por sua vez, bateu um bolão. Ao sair da sala, ela ajeitou o vestido e saiu saracoteando pelo escritório, com um muxoxo discreto estampando a bochecha.
O epílogo:
Sem ter sequer tocado em seus baixos fuditórios, Adamastor imaginou os quinze minutos que passaria dentro daquela garota se não fosse uma reles subordinada, e então deu uma das gozadas mais espetaculares de sua vida. No fim das contas, a partida não acabou em zero-a-zero.
“Baixos fuditórios”? Haha parece nome de pornochanchada dos anos 70! O Adamastor é o avô-padrinho da punheta na internet, único lugar onde o zero a zero é premiado com gozos alucinantes.
Ah… os anos 70!
Adamastor nunca ficava no zero-a-zero naqueles tempos!
“Baixos fuditórios”. Eu não tenho o que dizer. Hahahaha!
Mas não adianta: todo mundo tem baixos fuditórios!