A saga de Bia
Bia tinha onze anos quando tomou seu primeiro porre, ao ingerir aquelas bebidinhas de puta que tem sabor de frutas críticas. Dançou o Tchan, se jogou no colo de todo mundo, vomitou na aniversariante e ainda se recuperou a tempo de cantar Legião Urbana no videokê. Os amiguinhos usaram e abusaram de sua demência momentânea e meteram-lhe os dedos buceta adentro, ela nem ligou.
Aos catorze, foi passar o Carnaval em Búzios, com a irmã mais velha e seus amigos de faculdade. A mãe pediu para que meninas e meninos dormissem em quartos separados, preocupada com a inocência virginal da caçula, tão cocota que era. Mal sabia a coitada que a suruba já estava armada, e que justamente a pequena estava encarregada de verificar a paudurecência dos garanhões.
Já com dezoito anos, legalmente livre para dar a bunda a qualquer homem que desejasse, Bia se tornou lésbica. Decidiu assim, do nada. Estava dando um trato nervoso na teimosinha e achou que o orgasmo obtido de modo manual era bem mais intenso e higiênico. Entrou numa comunidade GLS no Orkut e arrumou uma namoradinha cotó em menos de uma semana.
Hoje, aos vinte e um anos, Bia trabalha como promotora de eventos para uma grande rede de supermercados, assessorada por uma equipe altamente treinada para servir e proteger os ricos e famosos da fome, do ostracismo e da macumba braba de Marlene Mattos. Mais do que lésbica, ela se define imprescindível. Já não bebe mais nada que seja nacional, e ainda nutre uma mágoa agridoce pela namoradinha cotó, que a largou para viver na eterna abstinência, junto aos monges trapistas de Realengo.
Ai, gente, não dá nem pra comentar. Só rir muito, hehehe…
P.S.: MEDA da macumba da Marlene!